Activision Admite Uso de IA em Call of Duty e Comunidade Reage
A Activision finalmente admitiu que utiliza inteligência artificial (IA) para criar alguns ativos em Call of Duty: Black Ops 6. A revelação veio após uma mudança de política do Steam, que agora exige que desenvolvedores informem o uso de IA em seus jogos. A notícia não surpreendeu os jogadores, que há tempos suspeitavam da presença de artes geradas por IA no game. No entanto, a confirmação gerou críticas e preocupações sobre o futuro dos cosméticos no jogo.
O que a Activision revelou sobre a IA?
A declaração oficial da Activision surgiu na página do Steam de Black Ops 6, onde a empresa admitiu que "usa ferramentas de IA generativa para ajudar a desenvolver alguns ativos no jogo". Essa revelação levantou questionamentos sobre até que ponto a IA está sendo usada e se os jogadores estão pagando por conteúdos gerados automaticamente, sem o envolvimento direto de artistas humanos.
Polêmica: jogadores já suspeitavam da IA em Call of Duty
A comunidade há muito tempo apontava sinais de que Call of Duty poderia estar usando IA. Entre os exemplos mais citados está a infame arte de carregamento do Papai Noel zumbi, que mostrava um personagem com seis dedos — um erro clássico de IA generativa. Além disso, várias skins e cartões de visita exibiam um estilo visual considerado "artificial" ou "genérico" pelos fãs.
Mesmo antes da admissão da Activision, muitos jogadores já estavam compartilhando artes suspeitas nas redes sociais, alimentando as especulações. No entanto, até agora, a empresa evitava se pronunciar sobre o assunto.
O Steam obrigou a Activision a ser transparente?
A revelação da Activision aconteceu pouco depois de o Steam implementar novas regras sobre IA, exigindo que os desenvolvedores informem quando usam essa tecnologia em seus jogos. Embora essa mudança traga mais transparência, a comunidade ainda vê a situação com desconfiança. Muitos jogadores temem que a IA seja usada para baratear custos e reduzir o trabalho de artistas humanos, resultando em cosméticos de menor qualidade.
Outro ponto de preocupação é que a página do Steam de Modern Warfare 3 não foi atualizada com essa mesma declaração, deixando dúvidas sobre se o jogo anterior também utilizou IA e apenas não revelou isso ao público.
IA nos jogos: ferramenta útil ou "preguiçosa"?
Apesar da polêmica, os jogadores não são totalmente contra o uso de IA no desenvolvimento de games. Pesquisas mostram que 62% dos gamers britânicos acreditam que a IA pode melhorar interações com NPCs, tornando o gameplay mais realista. Além disso, a IA já foi usada de forma positiva em Call of Duty, como no sistema de detecção de trapaceiros, que ajudou a banir hackers rapidamente.
O problema, segundo a comunidade, é quando a IA é usada de maneira "preguiçosa", criando artes genéricas e sem criatividade para um jogo de alto orçamento como Call of Duty.
O futuro dos cosméticos em Call of Duty
O uso de IA no desenvolvimento de cosméticos e outros ativos visuais pode ser apenas o começo. Se essa prática se tornar comum, há o risco de que os jogadores passem a pagar por conteúdos menos refinados e sem a mesma atenção artística que itens criados manualmente por designers.
A Activision precisará equilibrar a inovação tecnológica com a qualidade que os fãs esperam. Caso contrário, a revolta pode crescer e impactar negativamente a imagem da franquia Call of Duty.
O que você acha dessa polêmica? Acha que o uso de IA pode beneficiar os jogos ou teme uma queda na qualidade dos conteúdos? Compartilhe sua opinião!
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