Acusações envolvem monopólio e preços artificialmente altos na loja digital da empresa
A Sony está novamente sob escrutínio legal devido às práticas de precificação de sua PlayStation Store. O grupo de consumidores holandês Massaschade & Consument moveu uma ação judicial contra a empresa, alegando que os jogos digitais vendidos na plataforma custam, em média, 47% a mais do que suas versões físicas. A queixa argumenta que a Sony está abusando de sua posição dominante no mercado para manter os preços artificialmente elevados.
O contexto do processo
O Massaschade & Consument baseia suas alegações em uma pesquisa que aponta que, apesar dos menores custos de distribuição e publicação de jogos digitais, a Sony impõe valores significativamente mais altos na PlayStation Store. Segundo o grupo, a falta de opções para adquirir chaves digitais de outras lojas contribui para essa inflacionação de preços, tornando a loja um ambiente fechado e pouco competitivo.
Essa não é a primeira vez que a Sony enfrenta questões legais relacionadas à PlayStation Store. Em 2022, a empresa foi processada no Reino Unido por alegadas violações da lei de concorrência, resultando em uma ação coletiva de £5 bilhões. No ano seguinte, em 2023, uma nova ação coletiva de US$ 7,9 bilhões reforçou a ideia de que a Sony estava explorando sua posição de mercado para obter vantagens injustas. Agora, em 2025, o cenário se repete com um novo processo que pode impactar significativamente o mercado de jogos digitais.
Impacto potencial no mercado de games
Caso a ação judicial seja bem-sucedida, a Sony poderá ser forçada a alterar a estrutura de sua loja digital, permitindo que outras empresas vendam chaves de jogos diretamente para os consumidores. Essa mudança poderia aumentar a concorrência, reduzindo os preços para os jogadores.
A primeira audiência está marcada para o final de 2025, e os jogadores da Holanda que adquiriram jogos, DLCs ou microtransações na PlayStation Store podem participar do processo gratuitamente. No entanto, o resultado final pode levar anos para ser definido devido à complexidade das ações judiciais desse tipo.
Sony e outros casos semelhantes
A Sony não é a única empresa a enfrentar processos relacionados a lojas digitais. A Apple, por exemplo, enfrentou a Epic Games em 2020 devido à taxa de 30% cobrada sobre compras na App Store. Embora os casos sejam distintos, as alegações de monopólio e cobrança excessiva são semelhantes.
O desfecho dessa nova batalha judicial pode impactar não apenas a Sony, mas também o setor de games como um todo. Se a PlayStation Store for obrigada a abrir espaço para outros vendedores, outras plataformas poderão enfrentar desafios semelhantes no futuro.
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