Electronic Arts enfrenta crise: ações despencam após revisão de previsão fiscal


EA enfrenta queda histórica em ações após redução de previsão fiscal

A Electronic Arts (EA), uma das maiores editoras de jogos eletrônicos do mundo, viu suas ações despencarem nesta quinta-feira (24), após a divulgação de um relatório fiscal que trouxe uma revisão significativa para baixo em suas projeções financeiras para o ano fiscal de 2025. O preço das ações caiu 17%, fechando em US$ 118,58, o nível mais baixo desde setembro de 2023.


A principal razão para o impacto negativo foi a redução na previsão de reservas líquidas da empresa para o ano fiscal, agora estimadas entre US$ 7 bilhões e US$ 7,15 bilhões. Isso representa uma queda considerável em relação à projeção anterior de US$ 7,5 bilhões a US$ 7,8 bilhões.


O impacto da saída da FIFA

Entre os fatores que contribuíram para a revisão está o desempenho abaixo do esperado da franquia EA Sports FC, anteriormente conhecida como FIFA. A mudança de nome aconteceu em 2022, quando a EA optou por não renovar sua parceria histórica com a FIFA, entidade que rege o futebol mundial.


Embora o rebranding tenha sido uma decisão estratégica, os dados recentes mostram que a ausência do nome FIFA teve um impacto negativo na recepção dos jogos pelos consumidores. Depois de dois anos consecutivos de crescimento de dois dígitos nas reservas líquidas, o segmento de futebol da EA agora enfrenta uma desaceleração.


Os dois últimos lançamentos da franquia sob a nova marca, EA Sports FC 24 e EA Sports FC 25, não conseguiram manter o mesmo nível de engajamento e vendas que os títulos anteriores, indicando uma demanda reduzida.


Reação do mercado

A queda de 17% nas ações marca uma das piores perdas diárias recentes da EA. Nos últimos 12 meses, a desvalorização acumulada é de 15%, o que reflete os desafios crescentes enfrentados pela empresa em um mercado de jogos esportivos em transformação.


Analistas destacam que a desaceleração no segmento de futebol é particularmente preocupante, dado que ele sempre foi um dos pilares do portfólio da EA. No entanto, é importante notar que a revisão de reservas líquidas ainda reflete um crescimento sólido em comparação com anos anteriores. Para efeito de comparação, em 2019, as reservas totais da EA eram de US$ 5 bilhões, demonstrando a expansão significativa da empresa ao longo do tempo.


O futuro da EA no mercado de jogos

Apesar do impacto negativo das revisões financeiras, os investidores continuam atentos às demais propriedades da EA, como as franquias Apex Legends e The Sims. Além disso, o foco em jogos baseados em serviços, uma área que tem mostrado crescimento consistente no setor, é visto como uma possível forma de mitigar os reveses enfrentados no segmento de esportes.


A EA também deve enfrentar a concorrência crescente no mercado de jogos esportivos, com outros desenvolvedores explorando suas próprias estratégias para capturar uma fatia maior do público.



A queda acentuada nas ações da EA ressalta os desafios enfrentados pela editora enquanto navega por um cenário competitivo em rápida evolução. No entanto, com uma base sólida de crescimento em anos anteriores e diversas propriedades de sucesso, a empresa ainda tem potencial para superar os reveses atuais.


Os próximos meses serão cruciais para determinar como a EA ajustará suas estratégias para se manter relevante e competitiva no mercado global de jogos eletrônicos.


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