EA afirma que não aumentará os preços dos jogos “por enquanto”, mas futuro ainda é incerto
Apesar da tendência da indústria em elevar os valores dos lançamentos AAA, a Electronic Arts adota cautela — ao menos por agora.
A discussão sobre o aumento no preço dos videogames voltou ao centro das atenções com declarações recentes da Electronic Arts (EA). Em meio a uma indústria em constante transformação e com jogos AAA cada vez mais caros, a EA surpreende ao afirmar que manterá sua atual política de preços. Contudo, a forma como a empresa se posicionou levanta dúvidas sobre o futuro.
Preços dos jogos em alta, mas EA segura o movimento (por enquanto)
Nos últimos anos, os jogadores viram o preço padrão dos jogos AAA saltar de US$ 60 para US$ 70, especialmente a partir de 2020. Agora, há sinais de que uma nova onda de aumentos pode estar a caminho. A Nintendo, por exemplo, já anunciou jogos do Switch 2 por US$ 80, e rumores indicam que GTA 6 pode ultrapassar esse valor. Em contraste, a EA afirma que não pretende seguir essa tendência — pelo menos neste momento.
A declaração veio durante uma teleconferência de resultados publicada pelo Yahoo Finance. Questionado sobre possíveis mudanças no preço dos jogos, o CFO da EA, Stuart Canfield, foi direto: “Não implementaremos nenhuma mudança na estratégia atual neste momento.” A fala sugere estabilidade, mas também não descarta completamente alterações futuras.
CEO da EA aponta para possíveis mudanças de longo prazo
Apesar da afirmação de Canfield, o CEO da EA, Andrew Wilson, deu declarações que indicam que a estratégia da empresa pode ser revista com o tempo. Wilson destacou que o cenário atual da indústria é muito diferente de dez anos atrás, especialmente com a queda nas vendas de mídia física e a ascensão dos modelos digitais e freemium.
Segundo ele, o foco da EA é entregar valor ao jogador, seja em um título gratuito ou em um jogo premium de “US$ 100”. A fala sugere que a empresa está aberta a adaptar seus preços de acordo com a percepção de valor — e com o comportamento do mercado.
Demissões e pressões econômicas: um sinal de alerta
Embora a EA esteja se posicionando contra aumentos imediatos, o contexto econômico pode forçar mudanças. Subsidiárias como a Codemasters e a Respawn sofreram cortes recentes, e isso aponta que nem mesmo uma gigante da indústria está imune às pressões macroeconômicas.
Além disso, outras empresas como a Microsoft já aumentaram os preços de seus jogos first-party, reforçando uma tendência de que os valores praticados atualmente podem não se sustentar por muito tempo.
O que esperar daqui pra frente?
No curto prazo, os fãs da EA podem respirar aliviados: jogos como o próximo Battlefield, previsto para 2026, devem manter o padrão atual de preços. No entanto, a expressão “por enquanto” utilizada pela empresa deixa espaço para reavaliações futuras.
A realidade é que, com os custos de produção em alta e o mercado em constante evolução, o preço dos jogos pode se tornar ainda mais volátil. Os consumidores, por sua vez, devem se preparar para um cenário onde títulos AAA custando acima de US$ 70 deixem de ser exceção e passem a ser a regra.
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